terça-feira, 25 de março de 2014

Ponto eletrônico e produtividade nas federais

A polêmica está no ar. Docentes e discentes dividem suas opiniões em relação a instalação ou não do ponto eletrônico nas universidades federais. Os que são contra argumentam pelo lado da produtividade. Já os que são a favor falam da falta de comprometimento de alguns servidores que sequer chegam a trabalhar 6 horas por dia.

É preciso, então, ir buscar no setor privado  um modelo que consiga conciliar estes fatores, de modo a aumentar a produtividade média dentro do meio acadêmico público. O modelo em questão é conhecido como "Modelo Flexível de Trabalho." Baseia-se na conciliação entre a vida pessoal e profissional de cada trabalhador, dando-lhes mais liberdade com relação aos seus horários de trabalho e maior comprometimento com seus deveres.

É possível ver, em locais onde esta metodologia ainda não é utilizada, trabalhadores "cozinhando o tempo" quando suas demandas de trabalho estão em baixa. O empregador, seja ele o Estado ou uma empresa, precisa conhecer os períodos em que as demandas de trabalho são baixas e altas, realocando de maneira mais eficiente o tempo utilizado pelo empregado.

A Bain&Company realizou uma pesquisa mostrando que cerca de 20% dos homens e 40% das mulheres já utilizaram ou continuam utilizando este tipo de modelo. Enquanto que 80% dos homens e 90% das mulheres tem interesse de utilizá-lo.

O maior índice de aceitação e busca do modelo pelas mulheres dá-se, segundo a Bain&Comany, principalmente pelas especificidades femininas, como a maternidade.

Dado o que foi apontado, é possível que o Estado, em conjunto com seus servidores, cheguem a um melhor acordo sobre que metodologia utilizar dentro das universidades. Adequando os horários a demanda de trabalho de cada servidor e cobrando-os por resultados mais eficientes seja na área pedagógica ou científica.